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Natal Nacional

Natal Nacional

A implantação do programa de coleta seletiva no Conjunto Nacional, em 1992, deu início a um processo de transformação do lixo em arte e geração de renda, com a criação do Natal Nacional.

Entre 1999 e 2018, o edifício ostentou em sua fachada e galerias, uma decoração natalina elaborada com materiais recicláveis e reutilizáveis. As peças decorativas foram confeccionadas a partir de componentes separados do lixo gerado pelo próprio edifício, que é um dos maiores pontos de arrecadação de recicláveis do país.

O projeto era totalmente baseado nas tradições brasileiras, com personagens do nosso folclore e do imaginário religioso ganhando vida na fachada e na galeria do edifício, além de ter uma função sociocultural, contando com a participação de cooperativas e entidades assistenciais. Com isso, o lixo foi transformado em arte pelas mãos habilidosas de artistas profissionais e moradores de comunidades carentes.

Linha do Tempo

Relembre abaixo a trajetória do projeto “Natal Nacional”.

Natal Nacional | 1999

A iniciativa pioneira de criar uma decoração de Natal tipicamente nacional surgiu em dezembro de 1999, quando ao invés de renas, neve, pinheiros gigantescos e Papai Noel, ícones das culturas norte-americana e européia, o Condomínio Conjunto Nacional optou por uma temática brasileira, decorando o edifício com galinhas d´Angola, pombos amarelos imaginários e pavões multicoloridos, com a presença de um grupo de Folia de Reis.

Nessa empreitada, o edifício contou com a ajuda dos figureiros de Taubaté, que mantém viva a tradição de representar, por meio de delicadas peças de argilas, a religiosidade, o folclore e outros elementos do imaginário popular.

A decoração foi desenvolvida em papel machê, um desafio para os artesãos que pela primeira vez fizeram figuras em material diferente do barro. Todo o trabalho foi realizado em 20 dias, por uma equipe de 20 pessoas.

Natal Nacional | 2000

Com o apoio da Sutaco (Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades) e do Senac-SP, em parceria com o Programa de Coleta Seletiva do Conjunto Nacional, a decoração natalina de 2000 resultou na criação de mais de mil enfeites feitos de papel reciclado e tecidos reaproveitados, expostos nas dependências do edifício.

A árvore e toda a decoração (mais três árvores menores, uma guirlanda, oito painéis com reproduções de imagens do Museu de Arte Sacra, dez anjos de papel) foram inteiramente produzidas pelos alunos dos projetos ‘Moda da Comunidade’ e ‘Design para Todos’, iniciativas do Senac; e por funcionários do Conjunto Nacional, totalizando 80 pessoas. O trabalho de dois meses resultou na confecção de mais de mil objetos de decoração e cenografia (bolas, bonecas, estrelas, fuxicos, fitas e componentes do presépio). A oficina de tecidos funcionou no Senac, mas a oficina de papel foi instalada na central de coleta do Conjunto Nacional.

Durante o período de compras das festas de fim de ano, os artesãos do Senac tiveram a oportunidade de expor e comercializar os produtos do seu trabalho em quiosques montados nas galerias do edifício. Além disso, após desmontada a decoração do Natal, os enfeites foram vendidos e a renda revertida para a Associação Cruz Verde, que atende crianças portadoras de paralisia cerebral.

Natal Nacional | 2001

Em 2001, o Condomínio Conjunto Nacional desenvolveu mais um projeto ousado: criou um presépio com figuras gigantescas ocupando as galerias, as rampas, o terraço e a fachada do edifício.

Para decorar a fachada, foram feitas 60 figuras de anjos, cada qual carregando um estandarte com a figura de um santo padroeiro do Brasil. Ao todo, foram feitos três moldes a partir de crianças reais, os quais deram origem às 60 réplicas.

Na galeria, a Família Sagrada foi representada em ouro, como no barroco, rodeada de três ostentosos Reis Magos com cinco metros de altura. Os mantos, nas cores azul, verde e vermelha, apresentavam incontáveis detalhes e enfeites, confeccionados a partir de materiais recicláveis.

Após o desenvolvimento dos mais diversos protótipos de adereços a partir do lixo (trabalho que durou cerca de dois meses), iniciou-se a confecção de todas as peças, adereços e enfeites, com a participação de artistas profissionais e de 10 entidades sociais formadas por jovens e adultos carentes, portadores de deficiência, adolescentes internos da Febem, entre outros.

O empenho e a capacidade dos integrantes que participaram das oficinas surpreendeu a todos. Com apenas uma visita às instituições, as técnicas de produção foram apreendidas e executadas com perfeição por esses artistas anônimos. A cada uma das instituições colaboradoras diretas do sistema de produção (Adere, Apóie, Avape, Carpe Diem, Colégio Butantã, Cruz Verde, Unidade-Circo-Escola Enturmando de Vila Penteado, IPA, Unidade Circo-Escola Enturmando São Remo, USF-Febem), todas elas unidas sob a regência da Promove – Ação sociocultural, foi solicitada uma meta de produção.

Todo o material necessário foi fornecido às instituições. Reginaldo Robles, responsável pela montagem e execução das mini-oficinas, realizou visitas semanais às instituições, acompanhando de perto o trabalho realizado por esses verdadeiros artistas.

Todas as entidades participantes do projeto Natal Nacional 2001 fizeram o trabalho voluntariamente. Em contrapartida, receberam uma permissão para realizar, nas galerias do Conjunto Nacional, uma feira de Natal a fim de expor as obras de arte criadas pelos artistas que integram essas entidades.

Natal Nacional | 2002

Para decorar a fachada, foram confeccionadas 60 bolas gigantes feitas de jornal. José e Maria, moldados sobre habitantes verdadeiros da periferia de São Paulo, trouxeram uma Sagrada Família de verdade. Vestidos com a pompa que Jesus merece, brilham envolvendo o menino sobre uma relva magnífica de flores e folhagens brasileiras, feitas de garrafas pet.

De pele morena, brasileiros de corpo e alma, José, Maria e Jesus são envolvidos pelo boi, ricamente ornamentado como nos dias de festas populares, e pelo jumento, símbolo do trabalho e da fidelidade ao homem do nosso Nordeste, rico em manifestações folclóricas.

Nesse ano, a oficina maior se instalou no bairro do Brás, onde artesãos do Albergue Reciclázaro se uniram num maravilhoso processo de transmutação de pessoas e coisas.

Natal Nacional | 2003

Nesse ano, os 163 metros de extensão da fachada do edifício foram decorados por uma gigantesca guirlanda. Na galeria, foi instalado um presépio em tamanho natural.

O lixo foi transformado em arte pelas mãos habilidosas de 30 moradores de rua ligados a duas ONGs (Associação Reciclázaro e Coorpel).

Para confeccionar os adereços, foram usados mais de 10 mil CDs, 18 mil garrafas pets, 300 kg de jornal, em sua maioria recolhidos no próprio edifício.

Os mantos e as roupas da Sagrada Família foram cardados em fios obtidos por roca tradicional produzidos pela Unnafibras, com teares manuais da Baobá, resultantes do processo de reciclagem de garrafas pet. As fibras (lã branca) foram obtidas pelo processo de reciclagem de garrafas pet realizado pela Unnafibras.

Natal Nacional | 2004

No dia 12 de dezembro de 2004, em comemoração ao Dia Internacional da Criança instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela UNICEF, o Conjunto Nacional inaugurou a decoração natalina, com o tema ‘Criança – Família – Esperança’.

As 32 guirlandas e os enfeites instalados na fachada tiveram desenhos exclusivos emoldurando rostos infantis, contemplando a diversidade do nosso povo. A “família, o nascimento e a esperança” foram lembrados no tradicional presépio popular, com figuras em tamanho natural e com rostos calcados em pessoas que trabalharam no processo através de máscaras de resina. Reis Magos, camponeses e até mesmo um manipulador de fantoches levam ao Menino Jesus brinquedos e alegrias.

Para a confecção dos adereços que compuseram a decoração da fachada, foram utilizadas mais de 7 mil garrafas pet, 900 disquetes, 3 mil cds, 2.500 latas de alumínio, entre outros materiais.

Natal Nacional | 2005

Para a produção do Natal Nacional de 2005, as esculturas concebidas foram uma releitura das figuras principais do Presépio Napolitano: a Sagrada Família e os três Reis Magos, representativos de um período em que a cidade de Nápoles era governada por reis espanhóis, em especial do reinado de Carlos III de Bourbon (1734 ­ 1749), católico fervoroso, que decidiu introduzir a paixão pelo presépio no palácio real, chamando os maiores escultores napolitanos da época para a confecção das figuras.

Seguindo o exemplo, as famílias abastadas também começaram a montar o presépio em suas casas. Foi quando surgiu a profissão dos “figurinai” napolitanos. Era uma época em que a nobreza ostentava o luxo e a beleza das vestimentas orientais, quando predominavam tecidos finos, principalmente linho e seda, muito ouro, pérolas e pedras preciosas, e todos esses ornamentos foram incorporados às figuras do presépio.

O grande desafio foi reproduzir, com material reciclado e reutilizável, a riqueza dos mantos e adornos dessas figuras, além dos “tesouros” depositados em frente ao presépio e as duas velas natalinas de 7 metros de altura, instaladas na calçada da Avenida Paulista.

Dez mil garrafas pet foram transformadas em flores e folhas para a fabricação de 48 mosaicos, que revestem as duas velas.

Natal Nacional | 2006

Para confeccionar os adereços, o Conjunto Nacional utilizou mais de 37 mil garrafas pets, em sua maioria recolhidas no próprio edifício.

A fachada do prédio foi decorada com 24 guirlandas e 25 bolas gigantescas. Os 15 mil cds transformados em estrelas deram o brilho final à instalação. Na galeria, foi instalado um presépio em tamanho natural, iluminado por 900 lâmpadas.

Natal Nacional | 2007

Na galeria, o edifício apresentou o ‘Presépio Brasiliano’, recriando a miniatura de uma cidade brasileira em época de festas natalinas. A fachada do edifício foi revestida com 15 mil bolas decorativas, feitas a partir de 160 mil garrafas pet, e confeccionadas à mão por cerca de 100 artesãos.

A produção da decoração da fachada foi dividida em duas frentes: uma equipe de arrecadação e tratamento do material, e outra de confecção de adereços. Na oficina central, 20 pessoas trabalharam a todo vapor. Um grupo comprou e retirou diariamente as garrafas em 10 cooperativas escolhidas previamente e, constantemente, buscou as doações entregues nos postos de coleta da capital. Outro grupo permaneceu na sede para lavar, cortar e separar as pets por tamanho (250ml, 600ml e 2 litros).

Quatro cooperativas trabalharam cerca de um mês na produção dos adereços. Todos estavam sintonizados com a proposta do projeto, que é aliar quantidade e qualidade de forma a obter o melhor resultado possível.

Natal Nacional | 2008

Mais de 24 mil garrafas pet, 4 mil latas de alumínio e 300 CDs. Em 2008, esses foram os principais materiais que se transformaram em adereços natalinos na decoração do Conjunto Nacional.

A fachada do edifício foi revestida com 28 pingentes gigantes, de 15 modelos diferentes. Na galeria, foi instalada uma árvore de 7 metros de altura, com sete Querubins, dois Serafins e um Arcanjo.

Para a fabricação dos adornos natalinos, o Conjunto Nacional realizou uma campanha de arrecadação de recicláveis no edifício. Uma cooperativa coletou 7.200 garrafas pet e trabalhou na produção das folhas que revestem a guirlanda da árvore.

Natal Nacional | 2009

Com o tema “A Oficina dos Anjos”, mais de 50 mil garrafas pet e centenas de embalagens de produtos de limpeza se transformaram em adereços natalinos na decoração do Conjunto Nacional em 2009.

A fachada externa do edifício foi revestida com 24 arcos, de 8 metros de altura, fabricados com 32 mil garrafas pet. Na galeria, o Natal Nacional dá continuidade ao tema do ano anterior: anjos constroem a árvore de natal, feita com mais de 19 mil garrafas pet, e criam uma fábrica de brinquedos no local.

Nessa missão, além de dois Arcanjos adultos, que simbolizam “o ensinamento”, três Serafins pré-adolescentes, que significam “o aprendizado” e sete Querubins bebês, que expressam “o fazer”, junta-se à “trupe” angelical um Principado, anjo com quatro asas, e o velho Lauviah, categoria angelical que inspira os homens à arte, à beleza e à música.

Nesse ano a instalação foi calcada no estilo gótico, mas também houve forte influência do conceito Art Nouveau, inspirado nas florestas tropicais.

Para a fabricação dos adornos natalinos, o Conjunto Nacional realizou uma campanha de arrecadação de recicláveis no edifício e adquiriu materiais nas cooperativas parceiras.

Fábrica de Brinquedos

Com o intuito de propiciar às crianças um presente de Natal que transmita a preocupação com o futuro do planeta, os visitantes tiveram a oportunidade de confeccionar e adquirir brinquedos produzidos no Espaço Cultural do Conjunto Nacional.

Fabricar brinquedos com materiais recicláveis ajuda a difundir a visão ecológica de preservação do meio ambiente de forma lúdica e divertida, além de trazer alegria para as crianças.

Natal Nacional | 2010

Para a produção da decoração natalina, 24 mil garrafas pet, 24 mil embalagens plásticas e 7 mil CDs foram transformados em adereços natalinos. A fachada externa do edifício foi revestida com 12 taças, de 5 metros de altura, fabricadas com 21 mil garrafas pet.

Na galeria, o presépio ‘hiper-realista’, que ocupou uma área de aproximadamente 40 metros quadrados, teve o intuito de representar a cena da Natividade de maneira fiel à tradição.

No presépio, o projeto artístico resgatou a chegada da Família Sagrada a Jerusalém. José e Maria dirigiram-se à cidade por conta do recenseamento imposto pelos romanos, mas encontraram todas as hospedarias lotadas. Na época, bois, cavalos e mulas eram bem tratados pelos donos, já que serviam como único meio de transporte ou carga, e era comum as pessoas pernoitarem ao lado dos animais, nas estrebarias.

Em 2010, o Natal Nacional acrescentou símbolos utilizados em outros países, como a ‘neve’ do Hemisfério Norte (foram inseridos flocos de neve na fachada). 

Em relação às figuras (pessoas, anjos e animais), foram realizados estudos e pesquisas de materiais para atingir o efeito ‘hiper-realista’ das peças. As esculturas, todas com a metade do tamanho natural, lembravam uma imagem em 3D e, de tão graciosas, pareciam reais.

A decoração da fachada e a vegetação do presépio foram feitas com materiais recicláveis. Durante três meses, o Conjunto Nacional recolheu grande parte das 55 mil unidades de garrafas pet, CDs e embalagens plásticas por meio do Programa de Coleta Seletiva, existente no edifício desde 1992.

Outra parte foi adquirida nas cooperativas de catadores parceiras. Contamos ainda com a colaboração da empresa Yakult, que cedeu 12 mil embalagens.

O projeto, executado em 180 dias, gerou trabalho para cerca de 100 pessoas, desde criadores e mestres artesãos, até catadores das cooperativas.

Natal Nacional | 2011

A decoração da fachada foi elaborada com 46 mil garrafas pet e 40 mil CDs. Em 2011, ao invés de representar a cena da Natividade, o prédio realizou um grande projeto tendo o ‘bom velhinho’ como personagem principal.

Tivemos a licença poética para usar o Papai Noel, símbolo consumista, dentro de um conceito de sustentabilidade. Preocupado com o planeta, ele trouxe em seu trenó brinquedos feitos com materiais recicláveis e pediu às pessoas que adquirissem apenas o necessário e se lembrassem do verdadeiro espírito de Natal.

A magia que permeia a Natividade foi vista especialmente na trupe responsável pela coleta dos presentes. Foram, no total, doze gnomos – com 70 cm de altura – que auxiliaram o bom velhinho na importante missão. Enquanto alguns se encarregaram da logística e carregamento dos produtos, outros ficaram empenhados nos cuidados com as renas ou, ainda, com as vestes do Papai Noel.

Para a confecção das figuras (Papai Noel, gnomos e renas), foram realizados estudos e pesquisas de materiais para alcançar o efeito ‘hiper-realista’ das peças.

Durante quatro meses, o Conjunto Nacional recolheu grande parte dos materiais recicláveis por meio do Programa de Coleta Seletiva do edifício. Outra parte foi adquirida nas cooperativas parceiras. Contamos ainda com a colaboração da empresa Itautec, que cedeu 26 mil CDs.

Natal Nacional | 2012

O Natal Nacional de 2012 foi composto de 17 figuras humanas, 17 animais e 16 anjos. O trabalho de criação foi inspirado na ostentação da Natividade presente na magnitude de um presépio napolitano com viés para o realismo bíblico, com a presença dos elementos tradicionais como a Família Sagrada, representada por José, Maria e Jesus, e os três Reis Magos trazendo os presentes, parte de sua corte e animais.

Pastores com suas ovelhas e suas oferendas completam o cenário, ambientado nas ruínas de uma construção Greco-Romana realista, circundada por uma legião de anjos e climatizada com árvores, arbustos e flores.

Para decoração da fachada, foram 17 velas gigantes nas cores branco e vermelho, elaborados utilizando 52.340 garrafas pet e 5.872 CDs. 

Natal Nacional | 2013

O projeto trouxe em sua 13ª edição uma magia especial, cercada de sensibilidade, superação e solidariedade, reafirmando a sua essência de transformar vidas por meio da arte e da preservação ambiental.

A decoração da fachada do Conjunto Nacional reuniu o trabalho brilhante de aproximadamente 60 assistidos da AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente), do CRATOD (Centro de Referência de Álcool, Tabaco e outras Drogas) e do CAPS ITAPEVA (Centro de Atenção Psicossocial). Pela primeira vez, eles produziram os adereços natalinos (folhas e bolas de pet).

Em um trabalho verdadeiramente de equipe, o grupo uniu suas limitações em favor de uma construção coletiva, transformando quase 30 mil garrafas pet e quatro mil tampinhas plásticas em enfeites.

Ao estimular a produção social e inclusiva de pessoas com limitações físicas e psíquicas, quase sempre invisíveis à sociedade, o edifício proporcionou aos assistidos vivências únicas e um aprendizado mútuo, cujos resultados ficarão para sempre na memória de todos que fizeram parte desse momento ímpar.

Na parte interna, o presépio de 15 metros de comprimento e quatro de altura, buscou inspiração em São Francisco de Assis para reafirmar a importância do amor, da fraternidade e da família. Na manjedoura circundada por dezenas de flores e pássaros que valorizam a fauna brasileira, o Menino Jesus era admirado por São Francisco, sob um espetáculo de luzes inédito.

Natal Nacional | 2014

Em 2014, o Natal Nacional celebrou o amor, a paz, o renascimento e a esperança inspirado na milenar cultura oriental. A concepção do trabalho teve como principal referência a Estrela do Oriente, que conduziu os três Reis Magos a Belém, local de nascimento do Menino Jesus, segundo as escrituras bíblicas.

A ambientação inédita do Natal Nacional 2014 passou por vários universos do Oriente – o da arquitetura, das cores e da natureza. Na fachada do Conjunto Nacional, estrelas de até 2,5 metros de altura feitas com CDs dividiram espaço com imensas cerejeiras, cuja flor, um dos principais símbolos do Japão, remete ao amor, à felicidade, à renovação e à esperança.

Devido à floração rápida, que dura cerca de uma semana, a flor de cerejeira (sakura em japonês) também está associada à fragilidade da vida, mostrando que cada momento deve ser vivido intensamente.

Para alcançar a beleza e a delicadeza da espécie, a confecção das peças, produzidas em garrafas pet, exigiu o desenvolvimento de texturas e variações de cor especiais. No molde criado para dar forma às quase mil flores da decoração, semelhante ao casco de uma tartaruga, jatos de ar quente conferiram ao material um resultado que encanta.

No tradicional presépio, elementos do altar budista marcaram presença no trabalho, com predomínio da cor vermelha e do dourado. O Japão possui simbologias interessantes e a principal mensagem é que, independente das crenças de cada povo, o mundo necessita de paz, e é isso que precisamos disseminar.

Materiais Utilizados
5.500 garrafas pet
5.000 CDs
60 refletores
900 lâmpadas LED

Natal Nacional | 2015

Os enfeites de 2015 trouxeram a beleza, a precisão matemática, a arquitetura e as cores da cultura árabe. Módulos dispostos em forma repetitiva sobre arcos trouxeram a lembrança dos mosaicos que decoram pátios e abóbodas das mesquitas, praças e castelos do Oriente, em especial os que foram erguidos pelos árabes no vasto período em que levaram para a Europa, principalmente para a Península Ibérica, todo o brilho e o colorido de sua cultura.

A partir de cuidadosas pesquisas e inspirado nos palácios de Sevilha, o edifício instalou um presépio nada tradicional, com uma cortina inspirada nos “muxarabi”, espécie de persiana que reveste as janelas e aberturas dos edifícios da arquitetura árabe. De rara beleza, essa construção permitiu a passagem da luz, do som, da ventilação e, ao mesmo tempo, ocultou os rostos femininos. Além da Sagrada Família, foi instalada uma fonte que jorrava água continuamente.

Nesse clima, a Sagrada Família recebeu os Reis Magos. Procedentes do Oriente, eles representaram o acolhimento, a proteção, o amparo e o amor para os que trabalham arduamente pela paz entre os povos. Já a água que brotava da fonte simbolizava o alimento eterno, o descanso, a energia que a natureza oferece e que precisa ser preservada.

Como nos tapetes de mosaicos, soma de milhares de partículas de cerâmica que se transformaram em desenhos simétricos, montados por dezenas de artesãos, a decoração da fachada do Conjunto Nacional foi criada a partir de caprichosos bordados feitos com CDs e garrafas pet (azul e branco) que remetem às cúpulas marroquinas.

Cinquenta artesãos trabalharam no subsolo do Conjunto Nacional, distribuídos em várias oficinas. Ali, eles confeccionaram as 800 peças do grande painel instalado na fachada.

De agosto a novembro, todos os dias, eles formaram uma equipe de verdadeiros profissionais que, além de serem remunerados pelos serviços, constituíram um grupo coeso de pessoas que encontraram nesse trabalho um novo rumo para suas vidas.

Shalom, Namastê, Salam Aleikum, Pace, Peace, Paz. Em qualquer idioma e em todos os lugares, essa é a mensagem que o Conjunto Nacional trouxe para todos.

Materiais utilizados – Fachada
A decoração foi produzida com:

20.800 tampinhas de garrafa
13.600 CDs
10.300 garrafas pet
4.000 galões de água
600 metros de mangueira

Natal Nacional | 2016

Em 2016, o edifício reutilizou as figuras do presépio do ano anterior, e renovou as roupas da Sagrada Família e dos Reis Magos. A fachada do edifício foi revestida com mandalas feitas com CDs, garrafas pet e tampinhas.

De agosto a novembro, dezenas de artesãos trabalharam no subsolo do Conjunto Nacional. Ali, eles confeccionaram as 42 mandalas instaladas na fachada.

A iniciativa inspirou o Colégio São Luís, que, em parceria com o edifício, decorou a escola e a Paróquia São Luís Gonzaga com as peças e ainda apresentou a importância da sustentabilidade para os alunos.

Materiais utilizados – Fachada

14.000 tampinhas de garrafas pet
4.700 fundos de garrafas pet
6.000 CDs

Natal Nacional | 2017

Na extensa fachada do Conjunto Nacional, as estrelas feitas com 4 mil CDs recolhidos na coleta seletiva do próprio prédio irradiaram os votos de um Natal e Ano Novo luminosos.

Além da fachada iluminada, o tradicional presépio exposto na galeria do edifício mostrou São José, como símbolo do Pai Eterno, entregando ao seu filho, o menino Jesus, o Globo terrestre, com a esperança que reúne todos nós no mesmo clamor: paz, progresso e saúde para nosso Planeta.

O presépio do Conjunto Nacional trouxe esculturas da Sagrada Família e dos Reis Magos usando ricas vestimentas e mantos feitos com dezenas de tampinhas de garrafas pet, 700 frascos de Yakult, 500 tubos de canetas esferográficas, 300 talheres descartáveis, 100 pentes e 200 escovas de dente.

Materiais

Materiais transformados em arte

(2001 – 2017)

Antes

1 tonelada de papel
497.740 garrafas pet
100.672 cds
24.700 embalagens de Yakult
14.200 descartáveis (pratos, facas, colheres, copos)
9.000 latas de alumínio
2.000 embalagens longa vida
43.950 tampas de garrafas pet
700 embalagens de produtos de limpeza
900 disquetes

Depois

Centenas de adereços, molduras, flores, folhas, bolas decorativas, asas de anjos, pedras “preciosas”, frutas.

Ficha Técnica

Entre 2001 e 2018, o cenógrafo Silvio Galvão foi responsável pela criação dos projetos e execução dos presépios; e o mestre artesão Sandro Rodrigues foi o responsável pela execução das decorações na fachada e da logística que orquestrou o trabalho de pessoas de diversos locais da capital.